O Sistema Nervoso Central, S.N.C, é constituído pelo Sistema Límbico, Tálamo e Hipotálamo.
O Tálamo envia as ordens voluntárias para o corpo como andar, parar, se movimentar, etc. Se este recebe uma ordem errada do Sistema Límbico, então cometemos um “ato falho” que é um erro causado por uma distração, como procurar os óculos sendo que eles estão no rosto.
O Hipotálamo é responsável pelas ordens involuntárias, aquelas que não dependem da gente. Como o batimento cardíaco, o abrir e fechar das válvulas, produção de enzimas, hormônios, etc.
Uma ordem errada para este último pode significar uma tragédia, ou seja, uma doença.
E para este tipo de problema o nome dado é psicossomatização.
Quando um médico diz ao seu paciente que fisicamente ele não tem nada, é psicológico, está dizendo que o problema é psicossomático.
Por isso que uma mente equilibrada reflete um corpo saudável.
Quando guardamos sentimentos ruins, “pondo uma pedra em cima”, “segura na mão de Deus”, fazemos “vista grossa”, enfim “engolimos sapos” estamos investindo na fábrica de doenças que todo nós temos.
No momento que o problema é recente, ficamos emocionados, deprimidos ou incomodados até que em algum momento a sensação passa. No lugar, não aparece um alívio mas um vazio.
O fato é que nesse ponto o problema deixou de ser sério para ser grave, pois perdemos o domínio, a consciência do conflito que vai se resolver sozinho, inconscientemente no Sistema Límbico.
Assim nascem os traumas, complexos e neuroses, respectivamente. O trauma pode ser visto como “uma ferida na alma”.
Segundo Carl G. Jung, estas “feridas” se alojam na Sombra, uma parte do inconsciente pessoal onde nossos traumas se instalam onde tem muito mais para piorar do que melhorar.
O trauma pode evoluir e se transformar em complexo. Como por exemplo o complexo de inferioridade, que faz com que alguém veja como arrogante todos aqueles que estão acima. Ou de culpa, que leva o portador a pedir desculpas o tempo todo.
A evolução do complexo é a neurose, momento em que o trauma atinge sua fase madura e ganha comando próprio, como um ser independente que habita a mente de alguém.
O crescimento deste pode levar à esquizofrenia, a divisão da mente. Como um espelho partido ao cair.
Quando a neurose se manifesta, o nome que se dá é a histeria.
Socialmente, tem-se a histeria como uma simples mudança de comportamento tornando alguém, espontâneo, nervoso, enfim “atacado”. Puro engano.
A histeria pode manifestar-se como qualquer doença. Principalmente manchas de pele, paralizia, bronquite, disfunções cardíacas, enxaquecas, perda de audição, fala e até cegueira, entre outras.
Portanto, não se deve subjugar os sentimentos, mas enfrentá-los com toda a coragem que nós tivermos. Tanto para os maus como também para os bons, pois é com eles que exercitamos a aceitação deles.
Dizer que devemos responder tudo com os sentimentos também é errado pois a saúde mental não é constituída apenas por este elemento, mas também da percepção do pensamento e da ação.
Aí encontramos a formação do consciente da pessoa. Um equilíbrio entre esses quatro:
Percepção, sentimento, pensamento e ação.
O equilíbrio entre eles gera saúde. A falta ou o desequilíbrio leva ao caos.
Mauro Godoy