Estudo realizado na Universidade de Harvard prova que as boas lembranças podem ser muito menos exatas do que as más.
Uma pessoa que traz boa lembrança de algum evento é muito mais passível de ter sua memória distorcida do que quem tem uma memória negativa sobre o mesmo evento.
As pesquisas foram feitas entre torcidas de diversos esportes. Várias decisões de campeonatos serviram de questionário para os torcedores, ganhadores e perdedores.
Notou-se que a riqueza de detalhes sobre os jogos era extremamente maior nas descrições dos perdedores do que dos ganhadores. Com acertos de 5 para 1. Outros testes foram feitos sobre acontecimentos positivos e outros graves como o atentado ao World Trade Center. Concluiu-se que o detalhamento na descrição era tremendo sobre as tragédias.
Acontecimentos ruins geram a produção de adrenalina e outras substâncias defensivas, que por sua vez despertam maior seriedade, atenção, preocupação e senso resoluto. Já os bons acontecimentos, são acompanhados por prazer, alegria e outras emoções providas de exagero, conteúdo suficiente para distorcer qualquer realidade.
As lembranças ruins podem pulsar na memória, apontando para o perigo, o que gera medo, dúvida e indisposição. Mas, também amadurecem, tornam uma pessoa mais prudente e, muitas vezes, alimentam a vontade de dar a “volta por cima”e alcançar uma compensação. Já as lembranças boas convencem que a vida vale a pena, que a pessoa é capaz, vitoriosa e isso leva à felicidade e a vontade de viver.
Mauro Godoy