Com o crescente índice de divórcios, crescem também número de conseqüências que a interrupção da família traz. Entre elas, a mais preocupante é a Síndrome da Alienação Parental, o processo de induzir uma criança a odiar um de seus genitores sem justificativa. Quando a síndrome se estabelece, a criança dá sua própria contribuição na campanha de desmoralizar o genitor odiado.
Na grande maioria dos casos, acontece no ambiente que a criança mora, geralmente na casa da mãe, porque é ela que tem a guarda na maior parte das vezes e a síndrome necessita de muito tempo para se instalar.
Mas existem casos encontrados em famílias de pais instáveis, ou em culturas onde tradicionalmente a mulher não tem nenhum direito concreto.
Para a criança, os limites em geral são desenvolvidos através do modelo dos pais. O pai representa os limites práticos e a mãe os emocionais. Havendo conflito entre os pais, estes modelos passam a se chocar internamente, como se um anulasse o outro. Desenvolve-se uma disputa entre a emoção e a razão que pode durar a vida inteira.
Segundo pesquisas desenvolvidas pela Family Courts nos Estados Unidos, os sintomas mais encontrados são da depressão crônica, incapacidade de adaptação em ambientes normais, transtornos de identidade e de imagem, desespero, sentimento incontrolável de culpa, quando se conscientizam da injustiça ao genitor atacado, sentimento de isolamento, comportamento hostil, falta de organização, dupla personalidade e às vezes suicídio. Os mesmos estudos revelam que, quando adultas, as vítimas da Alienação têm inclinação para o álcool e às drogas, e a reproduzir o mesmo processo com os seus próprios filhos.
Reagir diante desta doença significa optar entre dois rumos:
Quando há boa vontade ou o mínimo de cultura entre os envolvidos, pode-se tentar mediar, apontando as características positivas de cada pessoa envolvida, de modo a reverter o processo. Uma dica é não tentar transformar o ódio em amor, mas sim investir no respeito entre as pessoas.
A outra opção é recorrer à justiça, que atualmente está adaptada a esse processo devido ao alto número dessas ocorrências.